Samkhya Ananda

Minha jornada com o corpo começou cedo: dos 4 aos 18 anos, vivi entre ensaios, festivais e palcos de dança. A dança foi minha primeira casa emocional — onde o movimento era linguagem, cura e expressão.

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Depois de anos atuando na indústria da moda, comecei a sentir uma crescente insatisfação com o ritmo da cidade e com a superficialidade das relações de consumo. A desconexão entre estética e essência me sufocava. Até que fui atravessada por uma frase de Gandhi que virou bússola:

“Seja a mudança que você quer ver no mundo.”

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Foi esse chamado que me levou à África, onde trabalhei com crianças e mulheres refugiadas e descobri a potência do impacto social real. De volta ao Brasil, criei a Transforma, minha empresa de eventos transformadores, que promoveu sustentabilidade, empreendedorismo e maternidade consciente — criando pontes entre o mundo que existia e o mundo que eu sonhava viver.

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Logo depois, fui para a Índia pela primeira vez, onde estudei na Sivasoorya Divine School of Yoga, no sul do país. Lá fui iniciada por Guru Raviji, seguidor da linhagem de Swami Sivananda. Recebi uma formação tradicional em Hatha Yoga, com base em valores éticos, serviço e espiritualidade. Foi uma imersão que me realinhou por dentro.

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De volta ao Brasil, comecei a dar aulas de yoga. E durante a pandemia, quando o mundo parou, minhas aulas ganharam força. Com as turmas online, consegui focar toda minha energia no yoga — e foi quando deixei de vez o mundo da moda.

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Nesse mesmo período, vivi uma grande ruptura emocional. Um término profundo que me levou de volta para o corpo. Senti um impulso visceral de dançar minhas dores. Comecei a movimentar tudo que doía. Chorei, suei, renasci dançando. Senti que não estava sozinha — outras mulheres também carregavam esse feminino ferido, emocionalmente sufocado, sexualmente bloqueado, espiritualmente desconectado.

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Busquei formação e mentoras para mergulhar mais fundo. Estudei com Colleen Shakti (criadora do Shakti Dance), com Alice, do projeto Awakening Shakti Power, e outras referências internacionais em práticas de dança do feminino. Autodidata por natureza, me entreguei a três formações online intensas durante esse período e fui criando, passo a passo, o que viria a ser meu próprio método:

 

• o Shakti Yoga Dance® — uma prática que integra respiração, rebolado, risos, sensualidade espiritual, escuta corporal e expressão criativa. Um caminho para que cada mulher transmute dor em potência, sombra em presença, e reencontre o prazer de habitar o próprio corpo.

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Depois disso, voltei para a Índia pela segunda vez, e fui profundamente tocada pelos ensinamentos do Dr. Pandeji, PhD em Yoga Terapia. Com ele, mergulhei em uma abordagem mais terapêutica, ancestral e integrativa — unindo yoga, neurociência, espiritualidade e cura emocional.

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Além disso, estudei Fisioterapia — o que me ofereceu um olhar técnico e apurado sobre o corpo humano. Descobri que a palavra “fisioterapia” vem de phýsis therapeía — o poder da natureza na cura —, e isso selou meu caminho.

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Quando me tornei mãe, tudo se reorganizou novamente.
A maternidade me trouxe um chamado ainda mais profundo para viver com o essencial. Foi aí que me mudei para uma ecovila regenerada, onde a mata renasceu como símbolo da minha própria jornada de transformação. Aqui, criei a Imersão Purifica, um retiro para mulheres que estão prontas para silenciar, limpar e se reconectar com a sua força vital. E fundei o EcoSpa Shakti Ma, um espaço de acolhimento, terapias naturais e reconexão sensorial para potencializar a experiência do retiro.

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Hoje, reúno mais de 15 anos de estudos e vivências reais com Yoga, Ayurveda, neurociência, dança, fisioterapia, práticas ancestrais e rituais do sagrado feminino. Minha missão é criar experiências que desintoxiquem, despertem e devolvam à mulher sua força original, espiritual e corporal — com autoridade, escuta e verdade.

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